E já chegamos a uma das festas mais aguardadas do ano! O Natal - "Dia de Nascimento"! Em várias culturas representa a chegada da "criança da promessa", símbolo de renascimento.
Assim como a maioria dos brasileiros, sou batizada na religião católica, porém não sou uma pessoa religiosa, não pratico e nem mesmo acredito na maioria de suas histórias, que foram mudando ou tendo trechos ignorados ao longo do tempo, de acordo com os interesses da época.
Se sou "ateia"? Não gosto muito e nem uso essa palavra para me descrever, pois sou uma pessoa de muita espiritualidade. Eu não acredito na forma como a religião descreve os fatos e suas divindades, e nem me encaixo em seus conceitos, mas há alguns pontos sobre os quais sempre senti uma crença profunda que independem de suas origens, como a reencarnação, por exemplo.
Existe um "Deus" lá do outro lado? Talvez exista. Mas caso sim, não consigo acreditar que se trate de um ser que a tudo controla e observa apático os caminhos destrutivos para onde se destina a humanidade.
A mim também parece muito miserável a ideia de que a existência se resume a apenas isso que somos. Esse amontoado de vidas limitadas, materiais, flutuando num fértil planeta em meio a toda vastidão desse universo incrível. Recuso-me a aceitar a ideia de que apenas nós estamos aqui. Eu acredito que há algo além. Que uma energia circula pela natureza e se irradia através de nós. Aliás, a Natureza... Acredito muito em suas forças.
Mas voltando ao Natal, e falando especificamente sobre a principal razão ocidental pela qual essa data é lembrada, Jesus, também tenho uma maneira particular de enxergar toda a história (que talvez nem seja tão particular assim).
Eu acredito que ele tenha existido, mas não como figura divina salvadora da humanidade, até porque se trata de uma crença ocidental e cada parte do mundo cultua algo diferente e tem sua própria "verdade". Eu acho que ele foi uma importante figura social da época, que ousava se levantar contra os poderosos e gritava a desigualdade e as injustiças. E se ele voltasse, mais do que nunca, seria crucificado de novo!
Independentemente de crenças, acho essa uma ótima época para festejar, reunir-se com pessoas importantes, ou ficar só se preferir, refletir, reavaliar, renovar, celebrar a vida, e no meu caso, já mencionei aqui que adoro festas temáticas, então é uma oportunidade de enfeitar a casa, fazer muita comida (coisa para a qual geralmente não tenho muita paciência) e uma bela celebração.
Essa data é celebrada de diferentes formas ao redor do mundo. Uma delas é a de sua origem pagã, o Yule, comemorado no Solstício de Inverno por povos do Hemisfério Norte, de onde boa parte dos nossos costumes partiram. Aqui nasce o Deus-Sol, trazendo força para enfrentar as dificuldades da escuridão invernal e tornando o período diurno cada vez mais longo até a chegada da primavera.
Sempre tive curiosidade de saber como é a data em países da África. O pouco que sei é que haviam antigas celebrações da colheita nessa época, em que se reuniam para comemorar as boas safras, como a Umkhost de Zululand, com duração de sete dias. E sei também que há a Kwanzaa, mas essa surgiu há poucas décadas nos EUA.
Como nenhuma dessas motivações tem de fato a ver com a minha realidade aqui, junto um pouco de tudo isso e crio minhas próprias razões e meu modo de celebrar.
E é isso! Desejo a todos um ótimo período de festas! Que seu Natal tenha sido mágico! ✨✨✨
E é isso! Desejo a todos um ótimo período de festas! Que seu Natal tenha sido mágico! ✨✨✨
Até!
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